Cambra Comerç Brasil - Catalunya

Mato Grosso, uma terra de oportunidades

A CCBC organizou um webinar com especialistas de primeiro nível para analisar as oportunidades de negócio que oferece o estado do Mato Grosso

O Covid-19 trouxe uma crise sem precedentes na nossa história, que nos está conduzindo a um cenário de recessão econômica a nível global, mas que também vai trazer oportunidades comerciais que não podem passar desapercebidas.

Mato Grosso é o terceiro estado mais extenso do Brasil e possui a maior economia agrícola do país. Seu PIB chega a quase 2% do PIB do Brasil e ocupa a posição nº13 entre os estados brasileiros. Mato Grosso se destaca por suas amplas exportações de soja triturada, farinha de soja, cereais em grão, carne (bovina e de frango), produtos têxteis, madeira, metais e pedras preciosas. Além disso, sua avançada agroindústria, sua mão de obra qualificada e o excelente clima de negócios que se respira fazem deste um estado com enormes oportunidades de negócio.

Para explicar as oportunidades que oferece Mato grosso, a CCBC organizou um webinar que teve lugar dia 4 de novembro com especialistas de primeiro nível.

O Secretário Adjunto de Desenvolvimento do Ecossistema Empreendedor do governo de Mato Grosso, Celso Paulo Banazeski, e Alexandre Furlan, Diretor da Confederação Nacional de Indústrias (CNI), vice-presidente para a América Latina da Organização Internacional de Empregadores (OIE) ofereceram aos participantes uma revisão dos ativos e dos setores com maior potencial de lucro e maiores oportunidades de negócio em Mato Grosso.

Alexandre Furlan deu início à sessão apresentando um panorama da economia do Mato Grosso e da sua importância para o Brasil, sendo um dos principais produtores de grão de soja, carne de boi, milho, algodão, etanol e biodiesel. Destacou especialmente o aumento do PIB do estado, que foi de 560% em 15 anos, de 2002 a 2017, devido principalmente ao desenvolvimento da agroindústria e da tecnologia associada a esse setor. Furlan também apresentou as principais oportunidades de investimento em setores como agropecuária, madeira, bioenergia, metal/mecânico, mineração e infraestruturas, destacando nesse tópico a construção de rodovias e ferrovias para o melhoramento da logística do estado. Por sua parte, Celso Paulo Banazeski acrescentou que o estado é um grande exportador de energia elétrica e com crescente investimento em energia solar. Além disso, Banazeski deu ênfases a uma nova política pública criada entre as federações de indústrias e o governo do Mato Grosso para dar apoio aos pequenos negócios, e falou das atuais políticas de incentivos e benefícios fiscais do estado, que se adaptam às necessidades de cada setor econômico e que podem ser muito atrativas para possíveis investidores.

Posteriormente, Rafael Pimenta falou sobre o clima de negócios em Mato Grosso, destacando o sistema jurídico. O advogado afirmou que o estado é um dos pioneiros no uso da tecnologia dentro do sistema jurídico no Brasil, e também um dos mais rápidos em prestação judicial. “A rapidez e estabilidade que o sistema judicial local oferece ao empresariado é um aspecto a ter em conta em qualquer decisão de investimento e está melhorando o ambiente de negócios no estado”, afirmou. O especialista em direito florestal, Aldo de Cresci, reiterou as palavras de Pimenta e destacou que Mato Grosso será o novo polo florestal do Brasil.

Por sua parte, Pau e Josep Artigas, máximos responsáveis da empresa de comercio de algodão Artigas do Brasil, nos apresentaram um caso se sucesso de atividade empresarial espanhola em Mato Grosso. “O potencial do agronegócio é muito grande nesse estado, pois é o segundo maior exportador de algodão do mundo e quarto maior produtor graças a uma climatologia muito favorável ao cultivo. Nossa experiência até o momento está sendo boa”, afirmaram para justificar a eleição deste estado para expandir seu negócio ao Brasil.

Pana finalizar a sessão, Camila Bortoletto, gerente de desenvolvimento de negócios da Contemar Ambiental, empresa espanhola que se instalou no Brasil em 2000 e que hoje se expandiu por várias cidades em todo Brasil, falou sobre os benefícios que seu sistema de gestão de resíduos sólidos urbanos oferece às cidades, mediante o uso de containers e de coleta mecanizada. “Atualmente, 92% dos municípios brasileiros ainda não contam com esse tipo de sistema, o que representa uma grande oportunidade de expansão”, concluiu.

Finalmente, se abriu um turno de perguntas no qual os expectadores puderam conversar e expor suas dúvidas em um diálogo aberto com os especialistas.

A sessão contou com a participação de Antonio del Corro, diretor da Câmara de Comércio Brasil-Espanha, e Francisco Arbós, diretor executivo da Câmara de Comércio Brasil-Catalunha.