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A recuperação econômica no Brasil se mantem estável

Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Produto Interno Bruto (PIB) teve variação negativa de 0,1% no segundo trimestre deste ano, na comparação com o primeiro trimestre. Esse resultado indica estabilidade e vem depois de três trimestres seguidos de crescimento da economia. Em valores correntes, o PIB, chegou a R$ 2,1 trilhões.

Com esse resultado, a economia brasileira avançou 6,4% no primeiro semestre. Nos últimos quatro trimestres, acumula alta de 1,8%, e na comparação com o segundo trimestre do ano passado, cresceu 12,4%.

O desempenho da economia no trimestre vem do resultado negativo da agropecuária (-2,8%) e da indústria (-0,2%).

A atividade industrial também recuou devido às quedas de 2,2% nas indústrias de transformação e de 0,9% na atividade de eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos. Essas quedas compensaram a alta de 5,3% nas indústrias extrativas e de 2,7% na construção.

Nos serviços, os resultados positivos vieram de quase todas as atividades: informação e comunicação (5,6%), comércio (0,5%), atividades imobiliárias (0,4%), atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (0,3%), transporte, armazenagem e correio (0,1%) e outras atividades e serviços (2,1%). Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (0,0%) ficou estável.

A balança comercial brasileira teve uma alta de 9,4% nas exportações de bens e serviços, a maior variação desde o primeiro trimestre de 2010. Na pauta de exportações, destaque para a safra de soja estimulada pelos preços favoráveis. Por outro lado, as importações caíram 0,6% na comparação com o primeiro trimestre do ano.

Na comparação anual, o PIB avançou 12,4% no segundo trimestre deste ano, com alta de 1,3% na agropecuária, 17,8% na indústria e 10,8% nos serviços.

Já no setor externo, as exportações cresceram 14,1% e as importações avançaram 20,2%. Nas exportações, o crescimento é explicado, principalmente, pelo acréscimo nos produtos agrícolas, na indústria automotiva; máquinas e equipamentos e minerais não metálicos. Por outro lado, as importações cresceram, principalmente, devido ao acréscimo nas compras de veículos automotores; máquinas e equipamentos; siderurgia e refino de petróleo.