A situação econômica do Brasil: panorama atual e perspectivas de futuro

A situação econômica do Brasil: panorama atual e perspectivas de futuro

A CCBC organizou um novo webinar para analisar a economia atual no Brasil e as oportunidades de negócios no país

A aparição do COVID-19 está supondo um desafio maiúsculo para a economia mundial, que está enfrentando uma extensa recessão sem que se saiba até quando durará. Evidentemente, o Brasil não está sendo uma exceção a esta tendência global. A Câmara de Comércio Brasil-Catalunha, junto à Câmara de Comércio Brasil-Espanha, celebrou na semana passada um webinar com palestrantes de primeiro nível, com o objetivo de oferecer uma panorâmica atual da economia brasileira, tendo em conta os efeitos que a pandemia está causando nela e atendendo à realidade das empresas espanholas que estão no Brasil o que pretendem estar no futuro. A sessão serviu também para discutir sobre as perspectivas de futuro sobre o Brasil e compartilhar as oportunidades de negócios que apresentam um potencial especial no contexto atual.

Fernando García Casas, embaixador da Espanha no Brasil,  deu as bem-vindas aos espectadores dos dois lados do Atlântico, destacando que “Brasil e Espanha são dois grandes amigos, cuja relação estratégica foi renovada em 2017, e agora, mais que nunca, ambos países devem enfrentar as mudanças para continuar sendo dois mercados estáveis”. A estas palavras, Javier Mirallas, presidente da CCBC, adicionou que “devemos continuar fortalecendo os laços entre Brasil e Espanha, aproveitando as oportunidades e desenvolvendo valor e riqueza, que supõe a criação de emprego”.

Isabel Rata García-Junceda, Conselheira Chefe do Escritório Econômico e Comercial da Espanha em Brasília foi a encarregada de abrir a jornada oferecendo um panorama da situação econômica do Brasil e seu efeito na relação econômica com a Espanha. A Conselheira comentou que “a pesar de que o Brasil é um dos territórios mais afetados a nível mundial, o certo é que temos que ter em conta que há mais de 212 milhões de habitantes e uma densidade de 8,5 milhões de  Km², cujas medidas são diferentes, já que não se fala de uma desescalada, e sim de uma abertura rápida dos negócios, sendo esta a nova realidade”, informou a Conselheira Econômica para explicar a esfera da saúde. A respeito da atualidade política, destacou que “passamos de viver uma situação de desconcerto a um momento em que as mensagens lançadas transmitem tranquilidade, acompanhadas de uma visão de futuro e recuperação, graças às próximas eleições municipais que se celebrarão no mês de novembro e com as que se pretende tomar decisões a curto e médio prazo, apostando assim em projetos que promovem a economia do Brasil”. Além disso, adicionou que “a recuperação a nível econômico no mercado brasileiro é em forma de V, que por consequência será uma economia de oportunidade, em síntese, que continua com o firme propósito de criar as bases de um crescimento sustentável, aberto, e com melhoras de produtividade e competitividade”.

Posteriormente, foi iniciado um debate sobre as perspectivas de futuro para o Brasil e sua relação com a Espanha, em que participaram, além de Isabel Rata, Josep Buades, diretor da Acció e Alejandro Gómez,  diretor executivo da Câmara Espanhola em São Paulo, em uma conversa com Antonio del Corro, diretor da Câmara de Comércio Brasil-Espanha e Francisco Arbós, diretor executivo da Câmara de Comércio Brasil-Catalunha.  Os participantes do debate abordaram os setores que estão experimentando um crescimento no Brasil, apesar das circunstâncias tão extraordinárias. Segundo Alejandro Gómez “o saneamento de abastecimento de água será um ponto chave. Enquanto em 2018 só 53,2% dos brasileiros tinha acesso a água potável, a previsão para 2033 é que 90% da população conte com esse bem indispensável. Adicionalmente, há outros setores relacionados com infraestruturas, como o das energias renováveis, que estão promovendo o investimento privado, criando oportunidades empresariais para o desenvolvimento do país”.

Josep Buades, por sua vez, comentou que “o setor das Smart Cities (Cidades Inteligentes) terá um grande protagonismo durante o primeiro semestre de 2021, porque vai trazer uma série de oportunidades após a celebração das eleições municipais. Além das Smart Cities, se prevê que o mercado exterior experimente uma subida uma vez que o acordo Mercosul-União Européia se torne efetivo e, por último, todas as empresas que estão ligadas à transformação digital, sem dúvida, estão registrando um desenvolvimento significativo”.

O webinar terminou com um turno de perguntas no qual os espectadores puderam compartilhar suas inquietudes e perguntas com os palestrantes.