Brasil cai para a 11ª posição entre os destinos mais atraentes para investimentos estrangeiros
/ 22 setembro 2021 / No CommentsOs fluxos de investimento estrangeiro direto (IED) em todo o mundo despencaram 35% no ano 2020, caindo de US$ 1,5 trilhão em 2019 para US$ 1 trilhão em 2020. Esse é o menor nível de investimento desde 2009, após a crise financeira global. Os bloqueios em todo o mundo em resposta à pandemia COVID-19 retardaram os projetos de investimento existentes e as perspectivas de uma recessão levaram as empresas multinacionais a reavaliar novos projetos.
Na América Latina a queda foi de 45%, mas no Brasil as entradas caíram 62%, baixando para 25 bilhões de dólares, o menor nível em 20 anos, afetado pelo desaparecimento de investimentos em extração de petróleo e gás, fornecimento de energia e serviços financeiros.
Essa queda fez o Brasil perder a 6ª posição do país com maior investimento estrangeiro direto que ocupava em 2019 para a 11ª em 2020, ficando atrás dos Estados Unidos, China, Hong Kong, Cingapura, Índia e outros.
De acordo com um relatório da Unctad, os fluxos globais de investimento estrangeiro deverão diminuir ainda mais em 2021 antes de começar a se recuperar. Uma projeção que fecha este ano com no máximo 10% a 15% de aumento.
“Isso ainda deixaria o IED cerca de 25% abaixo do nível de 2019. As projeções atuais apontam para um novo aumento em 2022 que, retorne o IED ao patamar do ano de 2019”, afirma o diretor de investimentos e empresas da agência.